O empreendedorismo social é uma forma de geração de negócios que impactam e geram valor para a sociedade como um todo.
Com características específicas e que diferenciam esse tipo de empreendedorismo dos demais, através do levantamento de doações e alguma ajuda vinda do governo, é possível ajudar milhares de pessoas.
Antes de explicar mais sobre a funcionalidade e os benefícios dos empreendimentos sociais, é importante pontuar alguns conceitos antes:
Podemos definir como sendo o empreendedorismo que é voltado para ajudar a resolver um problema, ou problemas de uma determinada comunidade, localidade, grupo de pessoas.
Por estar sempre voltado a melhorar a vida de grupos de pessoas, é que se dá o nome de empreendedorismo social para esses projetos que tem como primeira meta a ação social e não o lucro.
Quando falamos de empreendedorismo logo pensamos na lucratividade, e é claro que isso é importante ou o negócio não se sustenta, mas quando colocarmos os olhos na parte social, isso não é o foco principal.
Agora você deve estar se perguntando: “Mas se não visa lucro, como esses empreendimentos sobrevivem e continuam ajudando as pessoas?”.
A primeira resposta que pode parecer a mais correta seria “doações”, mas isso é apenas uma parte dos recursos desses empreendimentos.
Na verdade, da mesma forma que em outros empreendedorismos, o social também possui produtos e/ou serviços que vende, voltando seus lucros para o aumento do alcance de pessoas impactadas pelo projeto.
Apesar do lucro não ser o fator principal, ele ainda é importante pois é através da venda desses produtos/serviços que o negócio pode ser autossustentável.
Diferente de um empreendedor comum que cria um produto/serviço visando as vendas e o lucro, no empreendedorismo social esses produtos/serviços são uma consequência da ação que já está sendo exercida.
Ou seja, o projeto social não existe por causa do produto/serviço, mas o produto/serviço é que foi criado por causa do projeto social.
Quais são os Produtos do Empreendedorismo Social?
Temos muitos exemplos desses tipos de produtos que sustentam causas sociais como a comunidade de “Pintores com a boca e os pés”.
Nesse projeto o foco principal é ajudar e dar mais qualidade de vida para pintores que não possuem as mãos.
Assim a organização vende cartões, tags, papeis de carta e calendários utilizando pinturas que foram feitas pelos internos do projeto.
Outro exemplo também são os cartões de natal e calendários do Greenpeace que é uma organização defensora do meio ambiente e que não aceita ajuda de empresas nem do governo, apenas de pessoas físicas.
Como você viu, a partir desses exemplos é mais fácil entender a relação de produto/serviço e sua importância dentro do empreendedorismo social.
Provavelmente, se essas organizações não tivessem criado esses produtos, dependeriam muito mais de doações e teriam que manter seus projetos dependendo da boa vontade das pessoas.
Oferecendo um produto em troca da “doação” fica mais fácil, pois a pessoa recebe um bem quando faz o pagamento e isso dispara um gatilho de “compra” e não de apenas “dar dinheiro”.
Outro ponto importante é que muitas pessoas são resistentes a simplesmente “dar dinheiro”, mas acabam comprando algum produto dessas organizações para “ajudar”.
Lendo com bastante atenção o texto acima você percebeu que apesar de ser um negócio como outro qualquer, os empreendimentos sociais possuem características específicas que os distinguem e definem.
Veja abaixo, quais são as principais dessas características:
1 – O negócio nasce em uma comunidade/localidade
Todo empreendimento social tem como base a solução de problemas dentro de uma comunidade específica.
A ideia de negócio nasce da visão de alguém que está inserido nessa comunidade, ou tem muita ligação com ela, e a partir dessa conexão é que o empreendimento começa tomar forma.
Dessa maneira, todo planejamento é feito a partir das necessidades dessa localidade específica que pode ser uma escola, um bairro, uma favela, etc.
As principais ações promovidas dentro desse tipo de empreendimento são cultura, alimentação, saúde, inclusão e transformação digital, habitação, saneamento básico, inclusão social e financeira, dentre outros.
2 – O lucro não é a meta principal
Já dei uma pincelada sobre isso lá em cima, mas é sempre bom marcar os conceitos para fixar melhor.
Nos empreendimentos sociais os lucros são obtidos também, porém a meta do negócio não é a lucratividade, mas sim a ação social que está sendo desenvolvida.
Por se tratar de um empreendimento como qualquer outro, é claro que é preciso ter recursos, mas eles acabam sendo criados a partir das necessidades do negócio, e não como base do projeto.
3 – Os produtos são uma consequência do negócio
Sem dúvida, dentro do empreendedorismo social essa é a característica mais distinta dos outros tipos.
Normalmente os produtos são desenvolvidos para atender uma determinada demanda de público, mas também precisam ser pensados como a forma de obter lucratividade.
Nos empreendimentos sociais os produtos são desenvolvidos mais como uma forma de dar algo em troca de doações, ou ainda para quebrar objeções de pessoas que não gostam de apenas “dar dinheiro”.
Assim, muitas ONGS e empresas sociais desenvolvem artigos que são funcionais para o grande público e que carregam a marca/bandeira do projeto social que representam.
A pessoa ajuda com dinheiro, mas recebe um produto bonito e útil em troca da sua ajuda.
4 – Os projetos não dependem de doações ou ações governamentais
Justamente com a criação desses produtos e/ou serviços que os empreendimentos sociais comercializam, é que os projetos deixam de depender de doações ou ajudas do governo.
Inclusive esse modelo de empreendimento ficou mais forte a partir dos anos 90 quando o poder público fez um corte considerável na verba para ações sociais.
Nessa mesma época o empreendedorismo crescia e logo as duas coisas se misturaram e algumas empresas começaram a surgir com base na ação social sustentável.
5 – Ajuda constante e não sazonal
É importante não confundir um empreendimento social com as ações sociais que algumas empresas praticam em épocas sazonais como Páscoa e Natal.
Um empreendimento social visa proporcionar sustentabilidade e autonomia para as pessoas que impacta e isso é feito em longo prazo, não apenas em algumas datas festivas.
A entrega de cestas básicas e sacolinhas para crianças carentes constitui uma ação social, ajudar as famílias a não precisarem mais das cestas básicas e das sacolinhas é um empreendimento social.
Desejo que esse artigo sobre empreendedorismo social tenha esclarecido o que é esse tipo de negócio e como ele impacta a sociedade de forma extremamente positiva.
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